Hipátia de Alexandria<br>– Matemática e filósofa

DI­REITOS RE­SER­VADOS

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«Havia em Ale­xan­dria uma mu­lher cha­mada Hi­pácia (ou Hi­pátia), filha do fi­ló­sofo Teón, que fez tantas re­a­li­za­ções em li­te­ra­tura e ci­ência que ul­tra­passou todos os fi­ló­sofos da época. Tendo pro­gre­dido na es­cola de Platão e Plo­tino, ela ex­pli­cava os prin­cí­pios da fi­lo­sofia a quem a ou­visse, e muitos vi­nham de longe re­ceber os en­si­na­mentos», diz Só­crates, o Es­co­lás­tico, na His­tória Ecle­siás­tica (sé­culo V). Não há cer­tezas quanto à sua data de nas­ci­mento (entre 350 e 370 d.C.) nem da sua morte (entre 415 e 416), mas sabe-se que foi ví­tima do con­flito entre re­li­gião e ci­ência em que a ci­dade de Ale­xan­dria es­tava mer­gu­lhada nos sé­culos IV e V da era cristã. In­flu­en­ci­ados por Ci­rilo, pa­tri­arca de Ale­xan­dria, cujos se­gui­dores es­pa­lharam o boato de que a fi­ló­sofa se de­di­cava à bru­xaria, fa­ná­ticos cris­tãos cap­tu­raram Hi­pátia, ar­ras­taram-na para uma igreja, des­piram-na e ape­dre­jaram-na até à morte. O corpo foi de­pois es­quar­te­jado e quei­mado. Ci­rilo não foi res­pon­sa­bi­li­zado pelo crime e veio a ser ca­no­ni­zado como São Ci­rilo de Ale­xan­dria. Pagã num tempo do­mi­nado por ten­sões re­li­gi­osas, Hi­pátia. uma das pri­meiras mu­lheres a es­tudar e en­sinar ma­te­má­tica, as­tro­nomia e fi­lo­sofia e a única que di­rigiu o Museu de Ale­xan­dria, per­ma­nece como um sím­bolo da li­ber­tação das mu­lheres.